segunda-feira, 11 de março de 2013

IMPLANTAÇÃO DE POMARES CITRICOS




As etapas para implantação de pomares cítricos devem ser rigorosamente seguidas para se obter sucesso nesta atividade agrícola. Sabe-se que as plantas cítricas são perenes, permanecem por vários anos sendo exploradas comercialmente após o plantio. O investimento inicial de implantação da cultura é alto, e deve ser dissociado ao longo da vida útil do pomar, que se bem manejado, pode ser produtivo por 15 a 20 ou mais, no entanto, quando doenças como o HLB (HuangLongBing) ocorrem nos pomares, as plantas devem ser imediatamente eliminadas.
  
Para instalação de culturas perenes, a escolha das mudas é de fundamental importância, e estas devem ser adquiridas de viveiros credenciados. Dois anos após o transplante das mudas a campo, dependendo das condições ambientais e de manejo empregada, estas poderão produzir uma pequena safra conforme. Esta produção ainda não paga os custos de manutenção da cultura, todavia, os frutos devem ser colhidos.

 A produção do terceiro ano (primeira safra comercial) após o transplante das mudas a campo é considerada como sendo a primeira colheita, onde os custos de manutenção do pomar se igualam aos ganhos com a venda dos frutos. Seguindo este raciocínio, as colheitas do quarto, do quinto e do sexto ano após a implantação, que representa respectivamente à segunda, a terceira e a quarta safra, pagarão as despesas de manutenção e o capital investido para implantação do pomar, ou seja, somente no sexto ano após a implantação do pomar, os custos de implantação serão compensados. 

Visto o tempo demandado para o retorno do capital investido (6 anos), a escolha da área de plantio, das mudas e o manejo com a cultura tornam-se fatores que merecem atenção na exploração comercial desta cultura. 

Para nortear a implantação e condução de pomares, consulte um Engenheiro Agrônomo, este profissional está habilitado para lhe orientar na tomada de decisão sobre os pontos importantes, como por exemplo:

Localização do Pomar
  •  Terrenos com menor declividade para facilitar o preparo - aração, gradagens, pulverizações, colheita. Menor quantidade de curvas de nível - melhor aproveitamento do terreno e facilita o manejo e conservação do solo.
  • Terrenos sem problemas com alagamento, para evitar problemas com Gomose.
  • Perto de reservatórios de água (poço artesiano).
  • Se possível próximo de grandes centros consumidores do produto e com estradas conservadas.
Solos preferenciais
  •  Textura média, boa fertilidade, pH entre 6,0 – 6,8 e não compactados.
 Instalação de quebra-ventos
  • Que podem ser temporários e permanentes.
 Dimensões dos talhões
  •  Não devem ser muito grandes, entorno de 2 mil a 3 mil plantas. Talhões grandes dificultam o controle algumas pragas, como por exemplo, o ácaro da leprose. Alem de aumentar os custos com pulverizações e demais tratos culturais e dificultar a Colheita.
 Qualidade e sanidade das mudas
  • Sempre compra mudas certificadas de viveiros idôneos. Não comprar mudas de ambulantes e feiras livres, estas não tem sanidade garantida.
 Escolha de porta-enxertos cítricos
  • Os mais utilizados são: Limoeiro ‘Cravo’ (C. limonia Osbeck), Tangerina ‘Cleópatra’ (C. reshni Hort. Ex. Tanaka), Citrumelo ‘Swingle’ (Citrus paradisi x Poncirus trifoliata), Tangerina ‘Sunki’ (C. Sunki Hort. Ex. Tanaka), Trifoliata (Poncirus trifoliata L.) e Citrange ‘Carrizo’ (P. trifoliata x C. sinensis).
 Espaçamentos de plantio
  • Depende da variedade, quanto maior o potencial de desenvolvimento das plantas maior o espaçamento utilizado. 
  • Depende das condições ambientais onde será instalado o pomar. 
  • Depende do solo – Se arenosos, argilosos, da fertilidade... 
  • Depende da combinação Copa/Porta-Enxerto, como por exemplo:
  1. O porta-enxerto Limoeiro ‘Cravo’ enxertado na laranja ‘Pêra Rio’ - resulta em plantas com alto vigor, plantas com copa maior - demandam maior espaçamento de plantio. 
  2. O porta-enxerto Trifoliata' enxertado na laranja ‘Valência’ - Menor vigor, planta com copa menor menor espaçamento de plantio, quando comparados ao exemplo anterior.
 De modo geral, os espaçamentos mais utilizados são: 2,5 a 3,0 metros entre plantas por 6,0 a 7,0 metros entre linhas.




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