Os
relatos de danos causados por nematoides de galha (Meloidogyne spp.) em cafeeiro,
datam do Brasil província. Na época, a
província do Rio de Janeiro era a maior produtora de café do Brasil. A economia
estava fortemente baseada nesta cultura e qualquer prejuízo nesta atividade se
refletiria em toda a nação. Mesmo assim, as áreas infestadas por nematoides de galhas, talvez por falta de conhecimento
à época, expandiram de forma catastrófica destruindo os cafezais da província. A
solução encontrada, na época, foi à substituição dos cafezais pela cultura da
cana-de-açúcar.
Mediante
este quadro de devastação dos cafezais cariocas pelos nematoides, no inicio do
século, a cafeicultura migrou para outros estados. O estado de São Paulo foi um
dos principais recrutadores de novos investimentos na cafeicultura. Na década
de 50 o Estado do Paraná, também entrou neste mercado, e no período entre 1965 á
1975 o Paraná produziu 9,3 milhões de sacas anuais, contra 7,1 milhões
produzidas por São Paulo. Mas, justamente com a cultura do café, os nematoides também migravam, e no final da década de 70 e inicio dos anos 80, as perdas
causadas por nematoides no estado do Paraná, já eram pesadas, principalmente
por Meloidogyne exigua, M. incognita e M. coffeicola. Além
das perdas por nematoides, as freqüentes geadas e períodos de preços baixos do
café, contribuíram de forma decisiva para uma nova migração da cultura, desta
vez, o estado premiado foi Minas Gerais. A partir da metade da década de 80, a
cafeicultura Mineira começou a arrancada rumo à liderança na produção nacional.
No Brasil, M. arenaria, M. coffeicola, M. exigua, M. hapla, M. incognita, M. javanica, M.
paranaensis. e M. goeldii são
potencias parasitos do cafeeiro, mas nada comparado com os danos provocados por M. incognita, M. paranaensis e M.
coffeicola.
Estratégias
de Controle
Dentre
as estratégias destacam-se o uso de variedades resistentes, controle químico e
biológico, rotação de cultura com plantas não hospedeiras, eliminação das
plantas atacadas, limpeza de máquinas e implementos, manejo das enxurradas e
sanidade das mudas. Lembrando que, para se obter maior sucesso no manejo desta
praga e fundamental a identificação das espécies presentes na área. Para a
correta identificação dos nematoides do cafeeiro, o produtor deve consultar um
Engenheiro Agrônomo, que lhe orientará sobre a coleta e envio de amostras de
raízes para um laboratório de analise nematológica, e em seguida traçar as
estratégias de controle.
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