terça-feira, 19 de março de 2013

NEMATOIDES NOS CAFEZAIS


Os relatos de danos causados por nematoides de galha (Meloidogyne spp.) em cafeeiro, datam do Brasil província. Na época, a província do Rio de Janeiro era a maior produtora de café do Brasil. A economia estava fortemente baseada nesta cultura e qualquer prejuízo nesta atividade se refletiria em toda a nação. Mesmo assim, as áreas infestadas por nematoides de galhas, talvez por falta de conhecimento à época, expandiram de forma catastrófica destruindo os cafezais da província. A solução encontrada, na época, foi à substituição dos cafezais pela cultura da cana-de-açúcar.

Mediante este quadro de devastação dos cafezais cariocas pelos nematoides, no inicio do século, a cafeicultura migrou para outros estados. O estado de São Paulo foi um dos principais recrutadores de novos investimentos na cafeicultura. Na década de 50 o Estado do Paraná, também entrou neste mercado, e no período entre 1965 á 1975 o Paraná produziu 9,3 milhões de sacas anuais, contra 7,1 milhões produzidas por São Paulo. Mas, justamente com a cultura do café, os nematoides também migravam, e no final da década de 70 e inicio dos anos 80, as perdas causadas por nematoides no estado do Paraná, já eram pesadas, principalmente por Meloidogyne exigua, M. incognita e M. coffeicolaAlém das perdas por nematoides, as freqüentes geadas e períodos de preços baixos do café, contribuíram de forma decisiva para uma nova migração da cultura, desta vez, o estado premiado foi Minas Gerais. A partir da metade da década de 80, a cafeicultura Mineira começou a arrancada rumo à liderança na produção nacional.

No Brasil, M. arenaria, M. coffeicola, M. exigua, M. hapla, M. incognita, M. javanicaM. paranaensis. e M. goeldii são potencias parasitos do cafeeiro, mas nada comparado com os danos provocados por M. incognita, M. paranaensis e M. coffeicola.

Estratégias de Controle

Dentre as estratégias destacam-se o uso de variedades resistentes, controle químico e biológico, rotação de cultura com plantas não hospedeiras, eliminação das plantas atacadas, limpeza de máquinas e implementos, manejo das enxurradas e sanidade das mudas. Lembrando que, para se obter maior sucesso no manejo desta praga e fundamental a identificação das espécies presentes na área. Para a correta identificação dos nematoides do cafeeiro, o produtor deve consultar um Engenheiro Agrônomo, que lhe orientará sobre a coleta e envio de amostras de raízes para um laboratório de analise nematológica, e em seguida traçar as estratégias de controle.

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